domingo, 10 de agosto de 2008

Se retorce entre a dor de sentir falta, e o ciúme de um tempo que que nunca será seu. Porque você não tem o corpo que seria desejado, nem a mente que lhe seria refúgio. E toda a verdade, não passa de pontos de vista. Lhe tenha tão perto, que o medo de unir-se, seja real.
Diga que toda noite fora perfeita, enfim convencerá-se de que tenha realmente sido. Quiçá, engane o seu corpo, como tantas vezes fizera com o tempo. Sorria e use o esquecimento como um refúgio seguro e claro. Mas lembre-se que trará consigo solidão, bem como inexpressividade.
Um dia chegará dizendo que chorou, sentiu falta da presença de quem sempre ousou estar. E vai sentir o ciúme como um ácido que corrói sua estrutura. A dor da ineficiência ao cuidar daquilo que sempre fora seu pertence. Culpará o tempo, o espaço, mas assegure-se que não será simples o bastante para culpar a nós dois.
Eu não fora boa o bastante. Não fui aquela que te arrancou noites de sono com lembranças, e sim aquela que não soube portar-se perante a seus amigos.
Você fora quem se envergonhara de dizer que me amava e que preferira os outros a mim.
Tudo como flores de plástico...

sábado, 7 de junho de 2008

Pra ficar pra sempre na memória,para todo o sempre.

Eu.



A filmagem não está muito boa, mas é inevitável a excepcionalidade dos momentos *.*

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Auto análise.


Sou a ineficácia de uma promessa. A realeza das palavras que não são ditas com verdade.A multicapacidade adaptativa pedante de um ego vazio.Sou uma palavra que não se encaixa ao contexto, e a excentricidade de um rosto nu.


Eu gosto de eufemismos, e calças de listrinhas.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vida Longa ao fim.

Desde já saúdo. Saúdo a tudo aquilo que ousa ser.
E não me venha com esse seu pretensionismo e mesquinhez de saudar as coisas boas da vida,que em suma,preferem se esconder.
Saúdo o que é. E não ou o que tentou usurpar.
Você e todo esse seu dogmatismo, me enojam. Vamos pois,saudar ao desencanto religioso. Pecado seria crermos naquilo feito sem o bom senso do relativismo.Aquilo que se baseia na riqueza de fortalecimento do Ego, no fortalecimento financeiro e exposição de moralismo justificado em escrituras.
Saúdo quem erra. Aquele que errou buscando acerto.
Ahhh...de fato não haveria de saudar aqueles que corrigem o erro,esquecendo-se de que apontar erros,vem a ser um erro primordial.
Saúdo a dor,não como forma de sadismo ou masoquismo,saúdo a dor como aprendizado.Não venho catequizar-te,ou fazê-lo culpado e diminuto como as religiões o fazem. A dor,vem a ser útil,quando aproveitada com sabedoria.
Saúdo aos céus,e não aqueles que o habitam.Saúdo o azul claro que emana dos céus. O azul que dança com as borboletas. O azul que une ao mar, o mar que guarda Njord.Aquele que o amor não vingou por barreiras geográficas.
Saúdo a inocência, aquela que encanta e brota na expressão da simplicidade excêntrica. No riso puro de uma brincadeira infantil, e um amor adolescente,mas eterno.
Saúdo a sustentação. E quem haveria de ser minhas pernas se não fosse meu amigo?! Se não fosse quem me desse a mão e me erguesse bem alto. Brincadeira de borboletas e anjos.
Saúdo as palavras que descansam meus ombros de fardos pesados.Saúdo meus devaneios que libertam minha alma do "normalismo imposto".
Saúdo a vingança,que anula a auto-destruição. Simplicidade útil.
Saúdo ao silêncio, que já disse palavras o bastante. O silêncio que evita definições errôneas.O silêncio que define com sombras,desejos e olhos.
Para mãos dedos,para os dedos unhas.
Para nós,vida longa ao fim.
Princípio enaltecido.
Apenas vindas longas,partidas breves. Saudade distante.
E eu te amo.
Nefertite a Njord.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Exclusão Social.


Exclusão social: restrição a aqueles que não se adequam ao estereótipo social, tendo como aspecto de análise: aquisição monetária, negação de costumes, e as características físicas dos seres (genótipo). Como explicita a teoria do "determinismo cientificista" de Taine, que afirma a influência a qual um indivíduo sofre pelo meio.

A exclusão social, determina uma situação de inferioridade, uma vez que, exclusos do meio ,às pessoas recuam-se as margens(daí o termo marginais), vivem em condições indignas, diria-se até sub-humanas. Como é o caso dos lixões e favelas, onde pessoas não têm acesso ao saneamento básico, alimentação satisfatória, moradias dignas, enfim, os direitos de todos e quaisquer cidadãos.

A incoerência da distribuição de renda, a indiferença do Estado, o conformismo e o orgulho são as principais causas desse impasse. E o que agrava ainda mais a situação, é a mescla da ausência de perspectivas hereditárias, a teoria antimalthusiana. Esta,também defendida pelos marxistas, que vêem o crescimento acelerado entre as populações pobres como um produto das relações de exploração que se estabelecem, de tal forma que os mais pobres tenham necessidade de aumentar a sua prole como única forma de elevar a renda familiar.

Diante de tal situação, conclui-se que a exclusão social tem sua gênese, tanto no Sistema, quanto nos indivíduos que o compõe. Pressupõe-se que há de se manter inalterada a situação do país, uma vez que a dignidade é ab-rogada, assim como a luz diáfana que emana daqueles que buscam melhorias. E que uma sociedade "socialmente -comum",só será vista na teoria dos livros de história.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Manifesto. Por Dom.

Limpe o cú com os sentimentos mais nobres.

terça-feira, 8 de abril de 2008

É gÔ

Tenho 5 milhões de manias instantâneas. Tenho preguiça da minha preguiça. Uso eufemismos em excesso, e isso não foi um eufemismo. Gosto de irônia também.
Eu como sim jiló e quiabo, ainda que isso me torne um E.T. Eu sou suficientemente anti-social para que seja taxada de estranha,maníaca,down ou ET.
ET de novo?!
Ahhh,eu não havia dito que odeio falta de coesão ?!Pois zé.
Eu tenho crises existênciais constantes. Catarses e devaneios. Nada de extraordinário,enfim.
Eu sou chata, isso eu não nego.
O ceticismo justificado não é lindo?! Tudo que se baseie em boas idéias me impressiona. E definitivamente fanatismo não se baseia em idéias.
Um dia desses fui notar que faço caretas avulsas, tão avulsas que me assustei.
É...eu eufemisei o fato de serem feias as caretas que eu faço. Digo que isso é expressão corporal, gosto de idéias contrapostas, desculpas justificadas. Sendo que desculpas justificadas não são mentiras.
Mentiras são mesquinhas demais, além de de dolorosas. Não me venha com a velha história de "não queria te magoar."Tenho medo dessa frieza e esses atos calculistas.
Eu falo tão alto que tenho medo de suceder minha mãe. Ainda me imagino gritanto por cama.
Ser crítico é mais que ser frustado ,acho sexy.Isso não é uma idéia superficialista. Diriamos que seja não tão importante.
Ahhh...meu texto tá sem sentido?!
O texto é meu mesmo!Escrevo como eu quiser..
Viu...eu tenho um defeitos em penca.
Meu ego é vermelho.
Isso não é magnífico minha gente?!
eu egocêntrica?!
o.O

segunda-feira, 7 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Caminho.

É um vício insistir em sentimentos. Que minhas palavras não sejam repetidas com o fervor de uma prece, mas com a simplicidade e essência de quem erra.
É natural da espécie ser mutante, se preferir, sofrer mudanças constantes. Adaptar-se constantemente aquilo que melhor lhe convier. Nada para que seu Ego ou seu tão prezado orgulho venha a ser diminuído. Eu mesmo o faço. Me adapto, não por orgulho feminino ou ego frágil. Venho aprendendo as verdades alheias sem sofrimento, enquanto toleram meus devaneios. Uma troca mútua de experiências.
É estranho pensar em sua vida como linhas já traçadas. E essa dinâmica , que cria um invólucro denso de aprendizados vindo da onisciencia de Deus.
Complexo é poder conciliar livre-arbítrio e pré-destinação. Se tudo haveria de ser como é, onde entra a liberdade de escolha?!O discernir de atitudes corretas das não corretas?!
Ela me disse que haveria de ser como hoje é. Eu ri. A profecia não foi falha, como a fragilidade de minha creça. Coincidência?! Talvez.

sábado, 8 de março de 2008

Por Fernanda Young


“Que merda. De que vale tudo isso? Quanto vale a minha vida? ‘Já conheço os passos dessa estrada e sei que não vai dar em nada.’ Rigel está de novo em prantos. E ele tem todo o direito de chorar. Ele tem todo o direito do mundo de bater com a cabeça na parede. Quanta do um homem suporta? Quanto um coração agüenta de sofrimento? Dá para morrer de amor? (...) Você sabe o que é perder? Sabe. Não há quem não saiba o que é perder. Depositar tanto sonho em algo. Sonhar é tão trabalhoso. Imaginar um mundo de felicidades sem fim. Lotado de paixão e sensualidade. Passear com seu grande amor. O amor de sua vida para sempre. E esse amor vai ser pra sempre lindo e charmoso. Irá dizer coisas espirituosas para você no balcão de um bar cool. E quando chover de repente, e você pensar em correr, o amor de sua vida – que é lindo, culto, corajoso – dirá que quem corre da chuva é rato e que nós somos homens, somos fortes e invencíveis. O amor entupindo as veias de fé e imortalidade. Nós já nos conhecemos desde outra encarnação e vamos nos amar para toda a vida celestial e eterna. Uma eternidade sem fim. Não, não há morte. Ficaremos paras sempre juntos. (...) E não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. ‘Já conheço os passos dessa estrada’... E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida. Direi. ‘Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto a maltratar meu coração’.Rigel chora. É um marmanjo chorando sozinho, sem conseguir tomar banho. Não! Preciso reagir. O que eu tenho, afinal? Saudades. Eu tenho saudades.”

Fernanda Young.
*.*

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Hino a Pan...ops.. A Renúncia.


"Eu renuncio o espirito santo, eu nego a deus perante a mim.Eu renuncio Dogmas a muito erguidos para esconder os medos próprios do desconhecido.Nego a descendência divina e abraço minha simieciedade, não sou a imagem do perfeito nem moldado por ele, sou lama e acaso, sou fruto indesejado e evolução sem sentido.Eu não serei escravo de regras criados pelos meus semelhantes, não serei servo de servos.De pedestais e mforma de deuses e costumes descançam aqueles que me vigiam com seus olhares atentos a julgar cada ato meu, do alto vêem minha humanidade e despresam o medo da vida que resolvi abraçar.Não terei medo do inevitável, não me esconderei em altos patamares, em altos pedestais tentando me equilibrar e não cair nas sombras. Saltarei para elas!Que minha fantasia e minha razão sejam as asas que me guiarão para as trevas, cada vez mais fundo para que assim possa ver verdadeira Luz.Que o paradoxo me mantenha na eterna busca e me nunca me torne feliz, acomodado.Renuncio a convenções e a medos humanos.Nego as tradições e as verdades dos filhos de deuses para me tornar aquilo que verdadeiramente sempre fui.Deixe que tragam a luz..."




Por Marco Antônio.
O menino gênio dos números e das palavras,que tem uma namorada babona(com razão)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Beleza

Sociedade não passa da capacidade adaptativa de seres de uma mesma espécie em um meio. Creio que seja essa capacidade adaptativa que me assombre.
Pessoas e seus grandes conceitos e definições!!!! Sua hipocrísia e incapacidade.
Hoje sei algo que aprendi sobre beleza, foi em uma noite fria que a compreendi. Não precisou de difíceis palavras, imagens, máscaras ou definições. Bastou a mim palavras sinceras, e olhos serenos. Fico tão grata por não ter tido de ferir minha alma pra aprender, não queria que houvesse acontecido um milhão de futilidades para com você.
Beleza está nos olhos. Está em gestos. Não seria necessário que eu acrescentasse ou diminuisse um milímetro de sua vida.
Em outra noite, em outro quarto, o mesmo mestre. A mesma sabedoria da simplicidade. O quarto dos sonhos de duas crianças, dos desejos de dos jovens, da sabedoria de um homem.
Aprendi também que confiança tem mais a ver consigo mesmo ,que com suas em devaneios alucinados.
É natural ter medo. Medo de uma traição, de uma inimizade, de excassez de amigos . Nada disso influe em mim.Tive medo da minha felicidade. Simplesmente de minha felicidade.
Creio que pelo fato de tamanha felicidade ser até estranha a mim.
Para felicidade uma definição sincera de mãos aflitas e frias. Alegria inestimável de dois segundos para a eternidade.
Para a sociedade, a capacidade de amar e ser doce com a sabedoria de um homem e a leveza de uma criança.
Para mim, somente você.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Girassol


Essa é a luxúria de minha alma. Devaneios à catarses compulsivas.E ainda me julgam sedentária.
Para Carolina de Machado, os olhos de girassóis meigos e atentos. Eu que já fui Liesel, Ana, Maria. Eu que já fui Merlim, Rudy e Hassan. Eu que um dia bailei com Dias, lutei ao lado de Arthur e defendi Dumonia.
Eu que fui bruxa,que fui princesa, já fui mosca numa metarmofose.
Eu que nunca me encontrei, que sempre te vi.
O amor expresso nos olhos, a cumplicidade ante a necessidade.
Para Carolina de Machado, sem preconceitos e egoísmo.
Eu que tive mil personagens,eu que fui mil personagens.
"Alice que vivia em um mundo cortado, partido ao meio como seu cabelo de Virginia Woolf, como assim insitiam em dizer. Nada de extraordinário, jovem burguesa com a alma envelhecida pela necessidade de não ser o que se pode.
Alice via o relógio, se perdia em um tempo que nunca seria vindouro. Ela desejava uma estrela, chamavam-na liberdade. Não,não. Ela não era uma princesa que vivia em uma torre distante. Alice era uma distante torre sombria e repudiante aos contos de fada.Ela era velha para o mundo.
Quando criança quis ser bailarina , dançar e voar como os pássaros. Lindo sonho não?!
Odeio essa fugacidade das coisas. Ela não pode mais caminhar, está presa por essa imobilidade física, que sequênciou sua psique.
Ela quer ter a lua, mas quer também seu reflexo.
Então a menina se joga da torre.
Seu corpo vai para o mar, então atinge o reflexo.
Sua alma vai para o céu, em busca da lua."
Eu que gosto de fadas.
Eu por mim mesma.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Escuro

Há alguém embriagado em minha cama. Saem mil palavras tortas e mil sorrisos sinceros.
Sorte, merecimento ou destino?
Saudade.
Não há máscaras, nem mentiras. Não há mágoas, nem ressentimentos. É em noites frias que verdades se tornam quentes. Não há nada que me cause mais choro que te ver em meus braços.Fazendo das suas palavras minha fé.Do teu sorriso, minha verdade incontestável.Dos seus olhos meu caminho. Suas mãos meu carinho.
Futuro?! É escuro como minha sombra.
São em pequeninas perguntas que se vê a imensidão das coisas. Quero ficar velhinha ao teu lado, e ao entardecer me deitar ao seu lado. As mesmas velhas palavras, com uma doçura nova.Magia.

Renúncia

Eu renuncio a saudade.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tempos remotos...



Já não se fazem mais heróis como antigamente. Definitivamente, já se foi o tempo de cavaleiros que derrotavam exércitos para o resgate da bela princesa no alto da torre. Já se foi o tempo de Helena's e Rapunzéi's .Tempos remotos.

Também já se foi o tempo que a mulher não passava de uma marionete enfeitada, sem cérebro e expressão.Tempos não tão remotos.

Houve um tempo que o negro não tinha alma, mas não sabiam eles que alma está muito além da melanina presente no corpo.Tempos não tão remotos.

Nunca houve um tempo para um país justo e igualitário. Para uma DEMOCRACIA(as vezes não sei sobre o quê falo) predominante e de fato existente. Não houve também tempo para um país alfabetizado,onde livros são armas.

Há um tempo para amigos,tempo de descobrir irmãos.A tempo de ainda ser feliz.

Eu não tinha medo de olhar as coisas horríveis, mas ficava apavorado à idéia de nada ver." (Edgard Allan Poe)

Tempos remotos...


The girl with many eyes.


One day in the park
I had quite a surprise.
I met a girl
who had many eyes.
She was really quite pretty
(and also quite shocking!)
and I noticed she had a mouth,
so we ended up talking.
We talked about flowers,
and her poetry classes,
and the problems she'd have
if she ever wore glasses.
but you really get wet when she breaks down and cries.


In: Tim Burton's Melancholy Death of Oyster Boy

domingo, 27 de janeiro de 2008


As estrelas me pareciam tantas, e sempre faltou quem me cedesse sua luz. Estou sendo sincera neste instante, a solidão é o luxo do meu silêncio.E meu silêncio nada mais é que minha palavra.
Hoje dormi com vontade de acordar,e quando acordei não houve nada que eu desejasse mais que cair em um sono profundo.Por vezes é bom cair e não mais poder levantar-se.
Com pouco tempo de vida, aprendi mais que em mil anos. Não, não se engane. Não me julgo sábia, apenas agradeço a meus mestres, que souberam a forma de despertar em mim o que eu realmente necessitava saber:podem sim haver amores e amigos para todo o sempre.E quem além de meus próprios amigos (que são também meus amores),que me dariam melhor lição?!
Há sempre um instante para que segurem minha mão bem firme, e olhem dentro de meus olhos e vejam meus medos nus. Dá mesma forma que há instantes para um abraço forte e palavras sinceras.
As estrelas hoje me são tantas e sempre há quem me ceda luz.
Sorriso que brota no brilho de uma lágrima sincera.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Papel

Realmente quis acreditar em tudo aquilo que você invariavelmente insistia em gritar.Sempre estive sóbria o bastante para não me deixar levar pelos seus medos. É o que faço com meus personagens, os aperto em meus dedos com tanta força que ameaçam explodir. Não queria que sentissem dor ou sofressem desilusões, mas maquinalmente meus dedos se movem às teclas erradas. Minha história é feita à tinta. E quando volto a mim eles estam gritando. Muitas são as vezes que os alivio, e não demora um segundo ao menos para que os trate com uma brutalidade desumana.
A vida nos faz encenar um grande teatro. Sempre somos personagem de alguém.
Meu corpo se retrai a cada cena. Posso rir da subida íngreme e cair ao plano. Não serei pequena o bastante, a ponto de adimitir que também tenho meus personagens. Sou personagem de meu próprio papel branco.
Meus dedos dançam em folhas, nus como a alma de um rei.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A palavra de um real manuseador de palavras-Josué

A morte é perpendicular. Minha bebedeira me lembrou o quanto ser humano é desprezível e odiável. O tanto que somos fracos e vulneráveis a algo que sequer podemos ver. O quão facilmente ludibriáveis somos. Como é fácil nos deixar enganar. Lembrei-me que escrever, quando se escreve pensando em alguém que se sente saudade, dói. Eu me lembrei de muita coisa quando bebi, e me esqueci de outras mais, como quem me trouxe em casa ou quem eu era. Eu não bebi por nada. Não queria chegar a lugar nenhum. Só não queria me lembrar dela quando estivesse naquele estado. É degradante ser assim, humano. E mais degradante que ser humano, é ser assim, um humano com saudades. Pior que um humano com saudades, é ser um humano que não aceita sua condição e suas fraquezas e tenta esquecer o que lhe gravaram. Ah, incondicionalmente humano, demasiado insistente, quiçá, normal. A morte trás tudo ao normal, perpendicularmente, abrupto, doce como um cálice de vinho. Adocidado com veneno, sobressaltemos. Ahh, palavras. Simples assim.

Mind

Minha simpatia é tão taciturna quando as letras de uma canção de amor. Definitivamente não tenho estórias bonitas. Deixo para que os bardos as cantem.
Descobri que a saudade é mais que um sentimento, e que para todo o sempre eu posso amar uma pessoa. E quando choro exponho minha alma. Não choro por tristeza, mesmo que por vezes o seja. Já chorei por saber o quão perfeito alguém podia ser, me fizeram chorar por brigas infindáveis. Chorei para lavar meus olhos.
Eu tenho sido feliz,sumamente feliz. As vezes essa felicidade é algo inquietante. Sempre você esteve ao meu lado. Expus meus medos, minhas víceras,meus sonhos. Me deitava no teu colo, e acariciava teu rosto. Em meio a escuridão via seu sorriso, quando eu falava bobagens.
Há uma forma de ser melhor, há um motivo para ser melhor.Há alguém que me faz melhor.
Te amo.Você é minha razão de ser melhor, se tornou a palavra ao orador, o sol ao céu. A noite a mim.Você.

Rascunho

E quando a vida insite em dar voltas, tantas voltas que nos embriagam.Quando se caí e se levanta, vendo tudo girar. E quando há alguém que seguraria tua mão.Sentimentos, definitivamente não se explicam.Vivamos pois, nessa indefinição.Aquilo que se define, se restringe ao pequeno. Sendo máquinas, ou homens.Anjos ou pessoas.E se o tempo insitir em nos apagar, alhures hemos de aparecer. Haveremos de ser a sombra do inexistente. Nossa própria sombra...Esqueceria meus anseios, e seria a última testemunha do primeiro crime. E minhas víceras estão expostas. Tão doces quanto tua maldade. Tenho me mantido lúcida para ver o fim da noite, poder em tua face pousar meus lábios. E quando o sol toca em tua janela, meu corpo se une ao teu. Lembranças, quiçá real.Surreal.



(Vontade imaginária de algo inexistente)



Carta destinada a semi-pessoas.Para uma semi-pessoa, deveria eu dizer semi-verdades?Ohhh não. Não há real motivos para que me levem a tal. Torna-te uma pessoa inteira. Abandona essa tua inexpressividade que me enoja.Lembro-me, mesmo que minha memória seja falha, lembro-me. Não haveriam modos de esquecer teus sonhos , tão pequenos e frágeis que poderia apertá-los com minha mão esquerda.Não sabes sonhar com a leveza de uma criança.Não consegues sorrir. E que tem feito de seus dias??? Ainda brincas de ser adulto com toda sua grandiosidade e tarefas irrevogáveis??Tempo...Hoje já tiveste tempo para um abraço, um daqueles que são guardados para todo o sempre???Creio que não.Para uma semi-pessoa, uma carta. Para uma semi-pessoa , palavras. Para uma semi-pessoa uma verdade inteira:

"A liberdade dos temores de cada um de nós dois se distingue na ausência."


A sua
verdade!!
Hoje sorri de uma forma diferente. Diria que há um gama de variáveis que me fizeram mexer os lábios. Creio que você tem sido meu principal motivo. Tenho mudado como as estações, e me mantido fria como as flores de plástico. Com cores, mas sem perfumes