quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tempos remotos...



Já não se fazem mais heróis como antigamente. Definitivamente, já se foi o tempo de cavaleiros que derrotavam exércitos para o resgate da bela princesa no alto da torre. Já se foi o tempo de Helena's e Rapunzéi's .Tempos remotos.

Também já se foi o tempo que a mulher não passava de uma marionete enfeitada, sem cérebro e expressão.Tempos não tão remotos.

Houve um tempo que o negro não tinha alma, mas não sabiam eles que alma está muito além da melanina presente no corpo.Tempos não tão remotos.

Nunca houve um tempo para um país justo e igualitário. Para uma DEMOCRACIA(as vezes não sei sobre o quê falo) predominante e de fato existente. Não houve também tempo para um país alfabetizado,onde livros são armas.

Há um tempo para amigos,tempo de descobrir irmãos.A tempo de ainda ser feliz.

Eu não tinha medo de olhar as coisas horríveis, mas ficava apavorado à idéia de nada ver." (Edgard Allan Poe)

Tempos remotos...


The girl with many eyes.


One day in the park
I had quite a surprise.
I met a girl
who had many eyes.
She was really quite pretty
(and also quite shocking!)
and I noticed she had a mouth,
so we ended up talking.
We talked about flowers,
and her poetry classes,
and the problems she'd have
if she ever wore glasses.
but you really get wet when she breaks down and cries.


In: Tim Burton's Melancholy Death of Oyster Boy

domingo, 27 de janeiro de 2008


As estrelas me pareciam tantas, e sempre faltou quem me cedesse sua luz. Estou sendo sincera neste instante, a solidão é o luxo do meu silêncio.E meu silêncio nada mais é que minha palavra.
Hoje dormi com vontade de acordar,e quando acordei não houve nada que eu desejasse mais que cair em um sono profundo.Por vezes é bom cair e não mais poder levantar-se.
Com pouco tempo de vida, aprendi mais que em mil anos. Não, não se engane. Não me julgo sábia, apenas agradeço a meus mestres, que souberam a forma de despertar em mim o que eu realmente necessitava saber:podem sim haver amores e amigos para todo o sempre.E quem além de meus próprios amigos (que são também meus amores),que me dariam melhor lição?!
Há sempre um instante para que segurem minha mão bem firme, e olhem dentro de meus olhos e vejam meus medos nus. Dá mesma forma que há instantes para um abraço forte e palavras sinceras.
As estrelas hoje me são tantas e sempre há quem me ceda luz.
Sorriso que brota no brilho de uma lágrima sincera.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Papel

Realmente quis acreditar em tudo aquilo que você invariavelmente insistia em gritar.Sempre estive sóbria o bastante para não me deixar levar pelos seus medos. É o que faço com meus personagens, os aperto em meus dedos com tanta força que ameaçam explodir. Não queria que sentissem dor ou sofressem desilusões, mas maquinalmente meus dedos se movem às teclas erradas. Minha história é feita à tinta. E quando volto a mim eles estam gritando. Muitas são as vezes que os alivio, e não demora um segundo ao menos para que os trate com uma brutalidade desumana.
A vida nos faz encenar um grande teatro. Sempre somos personagem de alguém.
Meu corpo se retrai a cada cena. Posso rir da subida íngreme e cair ao plano. Não serei pequena o bastante, a ponto de adimitir que também tenho meus personagens. Sou personagem de meu próprio papel branco.
Meus dedos dançam em folhas, nus como a alma de um rei.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A palavra de um real manuseador de palavras-Josué

A morte é perpendicular. Minha bebedeira me lembrou o quanto ser humano é desprezível e odiável. O tanto que somos fracos e vulneráveis a algo que sequer podemos ver. O quão facilmente ludibriáveis somos. Como é fácil nos deixar enganar. Lembrei-me que escrever, quando se escreve pensando em alguém que se sente saudade, dói. Eu me lembrei de muita coisa quando bebi, e me esqueci de outras mais, como quem me trouxe em casa ou quem eu era. Eu não bebi por nada. Não queria chegar a lugar nenhum. Só não queria me lembrar dela quando estivesse naquele estado. É degradante ser assim, humano. E mais degradante que ser humano, é ser assim, um humano com saudades. Pior que um humano com saudades, é ser um humano que não aceita sua condição e suas fraquezas e tenta esquecer o que lhe gravaram. Ah, incondicionalmente humano, demasiado insistente, quiçá, normal. A morte trás tudo ao normal, perpendicularmente, abrupto, doce como um cálice de vinho. Adocidado com veneno, sobressaltemos. Ahh, palavras. Simples assim.

Mind

Minha simpatia é tão taciturna quando as letras de uma canção de amor. Definitivamente não tenho estórias bonitas. Deixo para que os bardos as cantem.
Descobri que a saudade é mais que um sentimento, e que para todo o sempre eu posso amar uma pessoa. E quando choro exponho minha alma. Não choro por tristeza, mesmo que por vezes o seja. Já chorei por saber o quão perfeito alguém podia ser, me fizeram chorar por brigas infindáveis. Chorei para lavar meus olhos.
Eu tenho sido feliz,sumamente feliz. As vezes essa felicidade é algo inquietante. Sempre você esteve ao meu lado. Expus meus medos, minhas víceras,meus sonhos. Me deitava no teu colo, e acariciava teu rosto. Em meio a escuridão via seu sorriso, quando eu falava bobagens.
Há uma forma de ser melhor, há um motivo para ser melhor.Há alguém que me faz melhor.
Te amo.Você é minha razão de ser melhor, se tornou a palavra ao orador, o sol ao céu. A noite a mim.Você.

Rascunho

E quando a vida insite em dar voltas, tantas voltas que nos embriagam.Quando se caí e se levanta, vendo tudo girar. E quando há alguém que seguraria tua mão.Sentimentos, definitivamente não se explicam.Vivamos pois, nessa indefinição.Aquilo que se define, se restringe ao pequeno. Sendo máquinas, ou homens.Anjos ou pessoas.E se o tempo insitir em nos apagar, alhures hemos de aparecer. Haveremos de ser a sombra do inexistente. Nossa própria sombra...Esqueceria meus anseios, e seria a última testemunha do primeiro crime. E minhas víceras estão expostas. Tão doces quanto tua maldade. Tenho me mantido lúcida para ver o fim da noite, poder em tua face pousar meus lábios. E quando o sol toca em tua janela, meu corpo se une ao teu. Lembranças, quiçá real.Surreal.



(Vontade imaginária de algo inexistente)



Carta destinada a semi-pessoas.Para uma semi-pessoa, deveria eu dizer semi-verdades?Ohhh não. Não há real motivos para que me levem a tal. Torna-te uma pessoa inteira. Abandona essa tua inexpressividade que me enoja.Lembro-me, mesmo que minha memória seja falha, lembro-me. Não haveriam modos de esquecer teus sonhos , tão pequenos e frágeis que poderia apertá-los com minha mão esquerda.Não sabes sonhar com a leveza de uma criança.Não consegues sorrir. E que tem feito de seus dias??? Ainda brincas de ser adulto com toda sua grandiosidade e tarefas irrevogáveis??Tempo...Hoje já tiveste tempo para um abraço, um daqueles que são guardados para todo o sempre???Creio que não.Para uma semi-pessoa, uma carta. Para uma semi-pessoa , palavras. Para uma semi-pessoa uma verdade inteira:

"A liberdade dos temores de cada um de nós dois se distingue na ausência."


A sua
verdade!!
Hoje sorri de uma forma diferente. Diria que há um gama de variáveis que me fizeram mexer os lábios. Creio que você tem sido meu principal motivo. Tenho mudado como as estações, e me mantido fria como as flores de plástico. Com cores, mas sem perfumes