quinta-feira, 3 de abril de 2008

Caminho.

É um vício insistir em sentimentos. Que minhas palavras não sejam repetidas com o fervor de uma prece, mas com a simplicidade e essência de quem erra.
É natural da espécie ser mutante, se preferir, sofrer mudanças constantes. Adaptar-se constantemente aquilo que melhor lhe convier. Nada para que seu Ego ou seu tão prezado orgulho venha a ser diminuído. Eu mesmo o faço. Me adapto, não por orgulho feminino ou ego frágil. Venho aprendendo as verdades alheias sem sofrimento, enquanto toleram meus devaneios. Uma troca mútua de experiências.
É estranho pensar em sua vida como linhas já traçadas. E essa dinâmica , que cria um invólucro denso de aprendizados vindo da onisciencia de Deus.
Complexo é poder conciliar livre-arbítrio e pré-destinação. Se tudo haveria de ser como é, onde entra a liberdade de escolha?!O discernir de atitudes corretas das não corretas?!
Ela me disse que haveria de ser como hoje é. Eu ri. A profecia não foi falha, como a fragilidade de minha creça. Coincidência?! Talvez.

sábado, 8 de março de 2008

Por Fernanda Young


“Que merda. De que vale tudo isso? Quanto vale a minha vida? ‘Já conheço os passos dessa estrada e sei que não vai dar em nada.’ Rigel está de novo em prantos. E ele tem todo o direito de chorar. Ele tem todo o direito do mundo de bater com a cabeça na parede. Quanta do um homem suporta? Quanto um coração agüenta de sofrimento? Dá para morrer de amor? (...) Você sabe o que é perder? Sabe. Não há quem não saiba o que é perder. Depositar tanto sonho em algo. Sonhar é tão trabalhoso. Imaginar um mundo de felicidades sem fim. Lotado de paixão e sensualidade. Passear com seu grande amor. O amor de sua vida para sempre. E esse amor vai ser pra sempre lindo e charmoso. Irá dizer coisas espirituosas para você no balcão de um bar cool. E quando chover de repente, e você pensar em correr, o amor de sua vida – que é lindo, culto, corajoso – dirá que quem corre da chuva é rato e que nós somos homens, somos fortes e invencíveis. O amor entupindo as veias de fé e imortalidade. Nós já nos conhecemos desde outra encarnação e vamos nos amar para toda a vida celestial e eterna. Uma eternidade sem fim. Não, não há morte. Ficaremos paras sempre juntos. (...) E não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. ‘Já conheço os passos dessa estrada’... E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida. Direi. ‘Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto a maltratar meu coração’.Rigel chora. É um marmanjo chorando sozinho, sem conseguir tomar banho. Não! Preciso reagir. O que eu tenho, afinal? Saudades. Eu tenho saudades.”

Fernanda Young.
*.*

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Hino a Pan...ops.. A Renúncia.


"Eu renuncio o espirito santo, eu nego a deus perante a mim.Eu renuncio Dogmas a muito erguidos para esconder os medos próprios do desconhecido.Nego a descendência divina e abraço minha simieciedade, não sou a imagem do perfeito nem moldado por ele, sou lama e acaso, sou fruto indesejado e evolução sem sentido.Eu não serei escravo de regras criados pelos meus semelhantes, não serei servo de servos.De pedestais e mforma de deuses e costumes descançam aqueles que me vigiam com seus olhares atentos a julgar cada ato meu, do alto vêem minha humanidade e despresam o medo da vida que resolvi abraçar.Não terei medo do inevitável, não me esconderei em altos patamares, em altos pedestais tentando me equilibrar e não cair nas sombras. Saltarei para elas!Que minha fantasia e minha razão sejam as asas que me guiarão para as trevas, cada vez mais fundo para que assim possa ver verdadeira Luz.Que o paradoxo me mantenha na eterna busca e me nunca me torne feliz, acomodado.Renuncio a convenções e a medos humanos.Nego as tradições e as verdades dos filhos de deuses para me tornar aquilo que verdadeiramente sempre fui.Deixe que tragam a luz..."




Por Marco Antônio.
O menino gênio dos números e das palavras,que tem uma namorada babona(com razão)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Beleza

Sociedade não passa da capacidade adaptativa de seres de uma mesma espécie em um meio. Creio que seja essa capacidade adaptativa que me assombre.
Pessoas e seus grandes conceitos e definições!!!! Sua hipocrísia e incapacidade.
Hoje sei algo que aprendi sobre beleza, foi em uma noite fria que a compreendi. Não precisou de difíceis palavras, imagens, máscaras ou definições. Bastou a mim palavras sinceras, e olhos serenos. Fico tão grata por não ter tido de ferir minha alma pra aprender, não queria que houvesse acontecido um milhão de futilidades para com você.
Beleza está nos olhos. Está em gestos. Não seria necessário que eu acrescentasse ou diminuisse um milímetro de sua vida.
Em outra noite, em outro quarto, o mesmo mestre. A mesma sabedoria da simplicidade. O quarto dos sonhos de duas crianças, dos desejos de dos jovens, da sabedoria de um homem.
Aprendi também que confiança tem mais a ver consigo mesmo ,que com suas em devaneios alucinados.
É natural ter medo. Medo de uma traição, de uma inimizade, de excassez de amigos . Nada disso influe em mim.Tive medo da minha felicidade. Simplesmente de minha felicidade.
Creio que pelo fato de tamanha felicidade ser até estranha a mim.
Para felicidade uma definição sincera de mãos aflitas e frias. Alegria inestimável de dois segundos para a eternidade.
Para a sociedade, a capacidade de amar e ser doce com a sabedoria de um homem e a leveza de uma criança.
Para mim, somente você.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Girassol


Essa é a luxúria de minha alma. Devaneios à catarses compulsivas.E ainda me julgam sedentária.
Para Carolina de Machado, os olhos de girassóis meigos e atentos. Eu que já fui Liesel, Ana, Maria. Eu que já fui Merlim, Rudy e Hassan. Eu que um dia bailei com Dias, lutei ao lado de Arthur e defendi Dumonia.
Eu que fui bruxa,que fui princesa, já fui mosca numa metarmofose.
Eu que nunca me encontrei, que sempre te vi.
O amor expresso nos olhos, a cumplicidade ante a necessidade.
Para Carolina de Machado, sem preconceitos e egoísmo.
Eu que tive mil personagens,eu que fui mil personagens.
"Alice que vivia em um mundo cortado, partido ao meio como seu cabelo de Virginia Woolf, como assim insitiam em dizer. Nada de extraordinário, jovem burguesa com a alma envelhecida pela necessidade de não ser o que se pode.
Alice via o relógio, se perdia em um tempo que nunca seria vindouro. Ela desejava uma estrela, chamavam-na liberdade. Não,não. Ela não era uma princesa que vivia em uma torre distante. Alice era uma distante torre sombria e repudiante aos contos de fada.Ela era velha para o mundo.
Quando criança quis ser bailarina , dançar e voar como os pássaros. Lindo sonho não?!
Odeio essa fugacidade das coisas. Ela não pode mais caminhar, está presa por essa imobilidade física, que sequênciou sua psique.
Ela quer ter a lua, mas quer também seu reflexo.
Então a menina se joga da torre.
Seu corpo vai para o mar, então atinge o reflexo.
Sua alma vai para o céu, em busca da lua."
Eu que gosto de fadas.
Eu por mim mesma.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Escuro

Há alguém embriagado em minha cama. Saem mil palavras tortas e mil sorrisos sinceros.
Sorte, merecimento ou destino?
Saudade.
Não há máscaras, nem mentiras. Não há mágoas, nem ressentimentos. É em noites frias que verdades se tornam quentes. Não há nada que me cause mais choro que te ver em meus braços.Fazendo das suas palavras minha fé.Do teu sorriso, minha verdade incontestável.Dos seus olhos meu caminho. Suas mãos meu carinho.
Futuro?! É escuro como minha sombra.
São em pequeninas perguntas que se vê a imensidão das coisas. Quero ficar velhinha ao teu lado, e ao entardecer me deitar ao seu lado. As mesmas velhas palavras, com uma doçura nova.Magia.

Renúncia

Eu renuncio a saudade.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tempos remotos...



Já não se fazem mais heróis como antigamente. Definitivamente, já se foi o tempo de cavaleiros que derrotavam exércitos para o resgate da bela princesa no alto da torre. Já se foi o tempo de Helena's e Rapunzéi's .Tempos remotos.

Também já se foi o tempo que a mulher não passava de uma marionete enfeitada, sem cérebro e expressão.Tempos não tão remotos.

Houve um tempo que o negro não tinha alma, mas não sabiam eles que alma está muito além da melanina presente no corpo.Tempos não tão remotos.

Nunca houve um tempo para um país justo e igualitário. Para uma DEMOCRACIA(as vezes não sei sobre o quê falo) predominante e de fato existente. Não houve também tempo para um país alfabetizado,onde livros são armas.

Há um tempo para amigos,tempo de descobrir irmãos.A tempo de ainda ser feliz.

Eu não tinha medo de olhar as coisas horríveis, mas ficava apavorado à idéia de nada ver." (Edgard Allan Poe)

Tempos remotos...


The girl with many eyes.


One day in the park
I had quite a surprise.
I met a girl
who had many eyes.
She was really quite pretty
(and also quite shocking!)
and I noticed she had a mouth,
so we ended up talking.
We talked about flowers,
and her poetry classes,
and the problems she'd have
if she ever wore glasses.
but you really get wet when she breaks down and cries.


In: Tim Burton's Melancholy Death of Oyster Boy