sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Papel

Realmente quis acreditar em tudo aquilo que você invariavelmente insistia em gritar.Sempre estive sóbria o bastante para não me deixar levar pelos seus medos. É o que faço com meus personagens, os aperto em meus dedos com tanta força que ameaçam explodir. Não queria que sentissem dor ou sofressem desilusões, mas maquinalmente meus dedos se movem às teclas erradas. Minha história é feita à tinta. E quando volto a mim eles estam gritando. Muitas são as vezes que os alivio, e não demora um segundo ao menos para que os trate com uma brutalidade desumana.
A vida nos faz encenar um grande teatro. Sempre somos personagem de alguém.
Meu corpo se retrai a cada cena. Posso rir da subida íngreme e cair ao plano. Não serei pequena o bastante, a ponto de adimitir que também tenho meus personagens. Sou personagem de meu próprio papel branco.
Meus dedos dançam em folhas, nus como a alma de um rei.

Um comentário:

Marco Antonio disse...

.....
oque mais eu posso comentar?!?!?!
ficou lindo!!!!!!